terça-feira, 12 de junho de 2012

OUT DOORS DO ALÉM

Esboço do layout para primeira versão da ideia.


Um pouco de história

No início desse século, ano 2000 me surgiu a ideia, e como exatamente eu não lembro, mas recordo de tê-la desenvolvida muito nas conversas com o meu parceiro e querido amigo da época o poeta Augusto Silva; o termo Além é tipicamente Augustiniano e creio que lhe devo essa. A ideia era fazer um livro, que mesmo com o tempo passado, ainda tem o seu charme e a sua originalidade.
O livro, que se chamaria OUT DOORS DO ALÉM e se propunha a fotografar out doors reais na cidade de londrina, especialmente na estrada naquele trecho típico com a cidade ao fundo, e como bom out doors, seriam apagados apagadas e preenchidas no PHOTOSHOP com outro conteúdo.
Bom, e o conteúdo? Há, há, por ironia seria justo esse que estamos sendo bombardeados hoje nas redes sociais, que a linguagem AFORÍSTICA somada a MANIPULAÇÃO digital de imagens facilmente produziveis.
Creio que no início de 2002, num viagem que realizei a Guarapuava-PR, e mostrando os primeiros esboços dessa ideia a um primo arquiteto, que trabalhava justo na prefeitura, foi que ele me convenceu que a ideia era muito maior que um livro, portanto, eu deveria fazer os out doors realmente e depois até fazer o livro, mas o ponto chave era fazer no out door que é uma mídia extremamente abrangente, desde o mendigo carreteiro ao milionário de rolls royce estarão iluminados com a mensagem.
Bom, até a agora a ideia não foi possível, mas quem sabe…
O que aconteceu é que as questões que eu pretendia abordar de forma teórica não funcionariam com out doores reais; é difícil imaginar um out door desses na periferia da cidade, com a foto de Charles Baudelaire falando que a aura do poeta estava caida na lama para quem tisesse a honra. (Embora a versão feita somente no papel, como montagem, ainda fizesse sentido, mas não sei se leitura.
Enfim, ouve um desmembramento então da minha ideia. Primeiro fazer um projeto para ocupação de out doores em Londrina, feitos com arte, com aforismos contundentes e sociais, de forma a fazer a população respirar uma arte política e emergente, como se reconhece hoje.
Mandei a proposta para o Promic em 2003, mas os custos altíssimos dos out doores na época superavam o teto da lei, de forma que ficou tudo no papel.
A outra ideia, a de reformatar o livro, me levou para um formato de propaganda em revista, com imagens grandes, texto em pequenos blocos e o uso do slogan como corpo para as frases de efeito.
Este foi o caminho inicial desse livro. Ouve muitas mudança ao longo desses 10 anos de gestação, falarei mais sobre isso num próximo post.
Gracias, Herman.

Nenhum comentário:

Postar um comentário